sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Apenas pensamentos aleatórios...

- O que o preocupa?
- Como se você já não soubesse.
- Pensa nela, é isso?
- Sim, mas não em uma "ela" específica.
- Olha, eu acho, só acho, que neste momento, existe uma ela em quem você pensa com mais frequência.
- ...
- Então tá, sabe que hora ou outra você terá de encontrar uma pessoa para compartilhar sua existência, mas não deve devotar toda sua atenção a isso no momento. Aliás, não tinhas decidido por terminar sua existência sozinho, abraçando assim seu maior medo?
- Foi uma decisão momentânea, um lapso depressivo por assim dizer.
- Mas tudo o que tinhas decido fazer, está cancela então? é isso?
- Não, apenas a ultima parte. Ainda pretendo realizar muita coisa, pode ser algo sem importância global, mas é importante para mim.
- Você tem medo. Medo de muitas coisas, medo da vida me atrevo a dizer.
- Explique.
- Você quer que eu fale mesmo, não é? Mesmo sabendo de antemão a conclusão, insiste que eu fale aquilo que você sabe. Isso me soa como uma necessidade patológica de algum tipo de aprovação para suas decisões, como se não confiasse inteiramente  em suas escolhas. Interessante... mas voltando ao seu medo da vida, o que estou afirmando é que você racionaliza em demasia os fatos de sua vida, e acaba esquecendo de viver em si. Por exemplo, você já vislumbrou diversas possibilidades de futuros seus, mas se recusa a convidar uma garota para sair temendo uma recusa. não vou nem me aprofundar ao  fato de você não estar completamente desenvolvido emocionalmente, mas isso explica muita coisa sobre você.
- Então eu evito me relacionar amorosamente com alguém por não estar pronto para isso?
- Sim, e lembre que essa é primeiramente uma conclusão sua, não minha.
- Certo, não vou discutir isso.
- Voltando  ao assunto, eu sinceramente não entendo isso de você eliminar emoções, como é não sentir ciúmes, inveja? Até  mesmo raiva você está tentando não sentir, porque?
- Em algum momento, meu eu racional tomou conta de mim,e seria irracional nutrir sentimento de posse por uma pessoa, ser incapaz de sentir-se feliz pelo sucesso de outra pessoa. Quanto a não sentir raiva, creio ser um passo necessário rumo à iluminação, deixando minhas emoções primitivas em ultimo plano, assim o mais puro dos sentimentos pode emergir sem ser maculado. Eliminando   minhas emoções posso compreender efetivamente o amor.
- Amor não se compreende, se sente. Ele não pode ser equacionado, mesurado, ele é uma força estranha e poderosa que age em todas as criaturas do multiverso, você bem sabe disso. Além disso o medo não é ruim, ficar paralisado de medo é que é realmente ruim.
- Contra isso não posso argumentar.
- Faça assim, feche seus olhos (metaforicamente) e se deixe cair no desconhecido, vai doer algumas vezes, em outras viverá em êxtase, mas certamente será um jornada muito mais interessante do que conhecer o caminho a ser trilhado. Deixe que o único acima guie seus passos, ele sabe o melhor.