quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Fecho meus olhos e deixo a mente vagar por locais desconhecidos...

Fecho meus olhos e deixo a mente  vagar por locais desconhecidos, vejo a minha frente mundos antes nunca vistos, paragens idílicas onde apenas o sonho ousou tocar, descortinam-se universos de luz emergindo das trevas primervas.
Sinto em meu corpo cada átomo do universo, toco as estrelas, estou nelas e elas em mim, em uma fração de segundo de tempo imensurável posso sentir toda a existência, inicio, fim e meio simultaneamente  passam através de meu corpo que já não mais existe fisicamente.
Estou vivendo cada instante da história da terra, estou no princípio deste planeta, movo-me violentamente com o fogo e com a lava primeira, sinto-me aos poucos resfriar e umedecer. As águas cobrem-me grande parte de meu corpo, passado uma infinidade de tempo, sinto a vida a pulsar em e sobre mim. Presencio o surgimento de toda a vida na terra, sua transformação.
Sofro com as sucessivas extinções,  alegro-me imensamente com o renascimento da vida, após incontáveis eras, surge uma nova espécie, sou eu, somos nós humanos surgidos nas savanas do que logo será conhecido como África.
Em um piscar de olhos, avanço rumo ao futuro incerto, onde aquela espécie tão bela extinguiu-se muito tempo atrás, vislumbro nosso sol, que por éons incontáveis iluminou e aqueceu a terra, morrer lentamente, explodir e expandir-se em uma gigante vermelha engolindo nosso planeta. Movo-me para além do espaço-tempo quadridimensional e vejo as estrelas apagando-se uma a uma lentamente, a entropia venceu. Ao assistir a última estrela apagar-se lembro de quando tudo surgiu, quando o universo veio a existência, lembro com carinho de cada sol que surgia, dos planetas que nasciam circundando-os...
Abro meus olhos