domingo, 2 de agosto de 2009

Crônicas

Volto a escrever sobre minhas lembranças, e desta vez vou colocar um pouco de ordem no caos de minhas idéias.

Recaptulando alguns aspectos de minha vida. Minhas memórias começam por volta dos dois ou três anos, não tenho muita certeza quanto a isso e essas lembranças não são nitídas, portanto, vou me ater às mais importantes.

Eu devia ter uns cinco anos e brincava muito com uma menina que morava ao lado da minha casa, ela se chamava Aline, o sobrenome eu nunca soube; mas isso não é tão importante, o importante é que algum tempo depois eu me mudei e não a vi mais.


Fui estudando, crescendo e quando tinha treze anos uma garota mexeu comigo. Eu sempre fui um garoto timído na escola e ela era alegre, extrovertida, falante e tudo que eu não era, Etiene era o seu nome; Ela me deu o apelido que uso até hoje e pelo qual meus amigos me chamam. Eu gostava muito de estar com ela, me alegrava em estar perto, conviver com ela e foi ai que percebi: Estava apaixonado por ela, isso pra mim era algo novo, um sentimento que aquecia meu peito e me fazia sorrir em ouvir seu nome; toda vez que ela falava meu nome, sentia uma coisa boa aqui dentro, coisas de (pré) adolescente. Estudamos o sétimo e oitavo ano (ou sétima e oitáva série se preferir)

juntos, mas nunca disse o que sentia por ela.

Terminamos o ensino fundamental e fomos para o ensino médio e durante o primeiro e segundo ano não nos vimos, mas não a havia esquecido; quando fui para o terceiro ano (2003), eu iria estudar à tarde e ela à noite, então me transferi para a mesma turma dela. Ainda tinha interesse por ela, mas como ela estava namorando na época, resolvi não interferir, até gostei de uma garota de minha turma, a Paula; Magra, cabelos pretos ondulados, olhos castanhos, pele morena, macia, uma boca linda e um olhar que me deixava desarmado; certa vez (mais de uma) eu estava fazendo uma explanação na sala de aula e quando percebi que ela me olhava me perdi por alguns segundos; quem sabe se eu tivesse passado mais tempo com ela e menos tempo com meus amigos de outra turma o que poderia ter acontecido? mas eu fui um idiota com ela e ela CERTAMENTE está melhor sem mim por perto.


Voltando a Etiene, nós frequentávamos o mesmo pré-vestibular; íamos e voltavamos juntos e oportunidades não faltaram para que eu falasse o que sinto, admito que sou um hipócrita, pois eu também estudava no cursinho com a Paula, sentávamos lado a lado, conversávamos a aula toda e eu sentia que ela esparava algo de mim, eu posso estar enganado, uma vez que nessa época eu não sabia o que sei hoje; Uma vez a Paula me pediu para assinar o caderno dela, eu disse que ela não iria entender nada, que minha letra era ilegível e que ela ia precisar de um tradutor pra saber o que estava escrito, ela riu mas agora voltando a lembrança até aquele dia posso ver um desapontamento em seu olhar.

Em 2005, estava no segundo ano da faculdade e um amigo me disse que a Etiene tinha casado, então eu fui até a casa dela e conversei, vi que tinha chegado tarde e resolvi não mais voltar lá.. Não mais busquei noticias dela e segundo calculo, ela deve ter uma filha agora, arrisco dizer que se tem mesmo uma filha, esta deve ter uns três anos agora. A Paula participou de um grupo de pesquisa no curso que fez na universidade, ela trabalhava lá também e se formou em 2008 acredito.

Encerro por aqui.