sábado, 15 de outubro de 2011

Da educação no Brasil

Hoje (14.10.2011) na aula de português instrumental debatemos os prós e contras da avaliação escrita na educação. No momento do debate não me quis pronunciar e mostrar meu ver sobre a situação. Pois bem, meus estimados colegas explanaram brilhantemente suas opiniões e apenas quero acrescentar algumas coisas que não foram faladas por falta de tempo.

1 - a avaliação escrita é um instrumento válido na educação, no entanto não do modo estrito como é apresentada nas salas de aula, posto que não reflete a totalidade das capacidades do educando, pois em uma avaliação dita argumentativa pouca ou nenhuma valia é dada a vivência extraclasse do indivíduo. Tomemos um exemplo prático: se o professor pergunta Quem descobriu o Brasil? Existe apenas uma resposta correta que é Pedro Álvares Cabral, ou seja, mesmo sendo de amplo conhecimento o fato que o Brasil não foi descoberto haja vista que já haviam populações vivendo nessas terras, para o aplicador da prova ou avaliação isso nada importa porque o conteúdo da disciplina diz só haver uma resposta a pergunta, qualquer coisa que venha a divergir é tida como errada.
O que me leva ao segundo ponto:


2- Em termos de conhecimento humano não existem verdades absolutas pois como tudo quanto é humano é passível de falhas. Tendo em vista essa imperfeição do conhecimento, o modo mais eficaz para vermos nossos erros enquanto pessoas em busca de saberes e conhecimentos é a interação com o outro, ver o mundo por outra perspectiva, a qual muitas vezes nos revela nuances que não nos tínhamos atentado antes. mas que partindo dos diálogos e discussões dentro e fora de classe tornamo-nos plenamente capazes de compreender e assimilar, aumentando assim qualitativamente nosso conhecimento sobre os temas abordados. 
Deste modo, nota-se claramente que a avaliação escrita é válida, desde que embasada nos saberes adquiridos através de estudos, discussões e argumentações coerentes aos temas e vivências do indivíduo e não só no aprendizado por repetição.

Urge mencionar que grande parte dos problemas enfrentados pelos alunos na leitura e interpretação de textos - sejam escritos ou não - advêm do não estimulo e consequente não apreço pela leitura, pois o aluno nas séries iniciais não é estimulado a fazer uma leitura crítica do mundo, admito que claramente crianças de cinco ou seis anos não possuem discernimento para compreender o todo, no entanto elas deveriam ser incitadas a leitura através de livros com figuras e temas que atraiam sua atenção, deste modo fazendo com que adquiram o hábito pela leitura que fará com que possam futuramente ser cidadãos mais capazes de emitir juízos de valor  e assim contribuir para a melhoria da sociedade e seus meios de vivência.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Será que ainda somos capazes de amar verdadeiramente?

A enciclopédia galática define o amor como algo incrivelmente complicado de se descrever, já o Guia do Mochileiro das Galáxias define o amor como algo extremamente doloroso, se puder, evite-o. Mas para o azar dos terráqueos, eles nunca leram o Guia do Mochileiro das Galáxias. Tirando esses aliases e falando sério agora, pergunto-me se ainda somos verdadeiramente capazes de amar outrém. Penso que não amamos como a anos atrás, quando a simples companhia da pessoa amada nos deixava repletos de alegrias e sonhos, quando saíamos para passear sem compromisso com horários, quando o bem-estar do outro era mais importante que o nosso, bons tempos aqueles.

Infelizmente hoje, em nosso tempo, onde somos "senhores" de nossas vivências, perdemos a capacidade de amar, não digo somente o amor dos namorados e amantes ¹, mas sim o amor pelas pessoas, é incrível que
nos não comovamos mais quando alguém a nossa volta está em dificuldades, o mundo é individualista, sei disso e tal fato preocupa-me um pouco pois é necessário que nos unamos, acredite sei como como tudo termina e você não gostaria do que vi. Os humanos, as pessoas devem deixar suas diferenças de lado, afinal somos todos iguais, todos compartilhamos o mesmo planeta.

Lembro-me de uma canção que pergunta como nos vão chamar: Geração perdida? Geração Cobiça? Geração em que o bastante não é o bastante? ou quem sabe seremos chamados de Geração do amor. Agora por que citei essa canção, você deve querer saber, simplesmente para falar que ainda temos tempo de mudar, mudar nossas atitudes, nossa convivência com o próximo, independente de cor, etnia, idioma, somos irmãos, isso é que nos importa ou deveria importar, pois cada vez mais a humanidade caminha rumo a sua ruína. Proclamamos aos ventos que vivemos a era da razão, no entanto que razão é essa que é incapaz de ver o futuro que nos espera?

Aproveito para comentar sobre o amor dos enamorados. Diga-me, quantas pessoas você conhece que estão procurando alguém para um relacionamento sério? quantos jovens querem tão somente "curtir a
vida", "viver o momento" e outras tantas desculpas infundadas para seu comportamento vazio. Justificam-se dizendo que são jovens, que vão se preocupar com a vida quando forem "velhos" e que vive-se só uma vez.
Claro, vive-se somente uma vez, então porquê desperdiçar seu tempo tão precioso construindo um futuro melhor? Por quê se importar em ter alguém ao seu lado? Existem respostas bem diretas a essas questões:
1 - Na vida não existe treino ou segunda chance, fez tudo errado vai viver as consequencias. 
2 - Você se pode divertir muito saindo com uma pessoa diferente toda a noite, mas quem irá te acolher quando você tiver medo? Quem te aceitará como és, com todos os seus defeitos? e o mais importante, quem vai estar contigo quando tudo mais acabar? Por que a sua juventude se irá acabar, seu rosto terá rugas e a idade vai chegar até você, isso é inegável.

Afirmo que não sou contra que você se possa divertir, apenas saiba que tudo isso vai passar, e quando ocorrer é bom que você tenha alguém especial a seu lado. Acredite, você não vai querer terminar só, envelhecer e perceber que desperdiçou sua existência em coisas fúteis, sei disso. Portanto, encontre com quem partilhar sua vida, tenha em mente que aquela pessoa te escolheu por você ser quem é, seja sincero(a), seja gentil e saiba que mesmo ele(a) sendo sua outra metade, ainda é uma pessoa independente, por isso não a sufoque com suas exigências, com ciúmes infundados, afinal ela(e) está com você, seja apenas você, modere seu temperamento pois o amor perdoa, mas até para isso existem limites. Assim, talvez possamos reaprender a amar completamente, pois se você ama uma pessoa, não a dobrará a sua
vontade, vocês encontrarão um meio-termo entre suas vontades, mesmo sendo individuos separados, vocês agora dividem suas vidas e devem fazer coisas juntos, contanto que AMBOS estejam felizes com isso.

¹ uso aqui a palavra amante não no sentido torpe que ela adquiriu com os anos, mas sim no sentido de pessoa que ama, apaixonada.